RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES, PRIMEIRO OCUPANTE DA CADEIRA DE Nº 28, DA ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS, QUWE TEM COMO PATRONO – PAULO FERREIRA DA LUZ; O SEGUNDO OCUPANTE FOI JOSÉ FERNANDES DANTAS
RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES - LUÍS GOMES
STPM JOTA MARIA - MOSSORÓ-RN, 15 DE MARÇO DE 2023
quarta-feira, 15 de março de 2023
RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES
RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES, PRIMEIRO OCUPANTE DA CADEIRA DE Nº 28, DA ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS, QUWE TEM COMO PATRONO – PAULO FERREIRA DA LUZ; O SEGUNDO OCUPANTE FOI JOSÉ FERNANDES DANTAS
RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES
RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES, o oitavo filho - caçula - de uma descendência de 08 filhos do casal comerciante e agropecuarista Major Sátiro Ferreira Nunes/Cláudia Cavalcante Ferreira Nunes.
Tinha como irmãos o Dr. Israel Ferreira Nunes, - o
primogênito - Advogado, Procurador do INSS e Deputado Estadual pelo RN por
quatro Legislaturas, casado com Maria Dolores de Souza Nunes; Francisca
Cavalcanti Ferreira Pinheiro, “Francina”, casada com Manoel Vitôr Pinheiro –
“Neco Vitôr”; Erondina Cavalcante Nunes Dantas, casada com João Fernandes
Dantas, o “Dêdê; Maria Cavalcante Ferreira – Mariêta - casada em primeiras
núpcias com João Fernandes e no segundo casamento com José Euclides Fernandes;
Joana Cavalcante Ferreira – “Janú” - casada com Afonso Coutinho, e, no segundo
matrimônio, com Sandoval Pinheiro; Licurgo Ferreira Nunes, Desembargador do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, casado com Cristina
Diógenes Nunes e Ana Cavalcante Ferreira – “Dondon” – casada com José Eugênio
Ferreira.
Nasceu na Cidade de Luís Gomes, RN – a 26 de abril de 1917.
“... a propósito, embora muito criança e residindo no
município de Pau dos Ferros, no Sítio Poço da Pedra, no vale do Riacho de
Santana – formado ou iniciado pela confluência das serras de Luiz Gomes e de
São Miguel...” (Raimundo Nunes, em seu livro “Perfis e Debates”, pag. 48).
Neto materno da Professora Mariana Cavalcante – primeira
professora diplomada da cidade de Luiz Gomes, no RN – teve, na sua mãe Claudia
Cavalcante Ferreira Nunes, também professora, os ensinamentos básicos que lhe
proporcionaram um aprendizado necessário para enfrentar o ensino do Grupo
Escolar Joaquim Correia, da cidade de Pau dos Ferros e, em seguida – no ano de
1930, o curso ginasial no “Ginásio Diocesano Santa Luzia, de Mossoró, tendo
concluído em 1935.
Muda-se para a Cidade do Recife (ano de 1936) para frequentar
o “curso pré-médico” nos colégio Pernambucano e Oswaldo Cruz – uma inovação
instituída por uma reforma de ensino à época, e que correspondia ao curso
científico – visando, ao concluí-lo, submeter-se ao vestibular de medicina.
Concluindo os cursos necessários ao ingresso em uma
faculdade, submeteu-se ao vestibular de medicina na faculdade de medicina de
Pernambuco, quando foi aprovado.
Na capital pernambucana - e por indicação do seu irmão mais
velho, o Israel Nunes - foi morar na “Pensão da Dona Joaninha”, em cuja
hospedaria o Israel havia sido hóspede quando cursara a Faculdade de Direito,
integrante que era da famosa “Turma do Centenário dos Cursos Jurídicos do
Brasil”, ano de 1927. O inusitado foi o fato de - após oito anos de o seu irmão
Israel ter sido hóspede da referida Pensão, o Raimundo chega à mesma e passa a
pagar idêntico valor ao que pagara o irmão quando por lá morou. Como não havia
inflação, os valores permaneceram os mesmos oito anos depois.
Em Recife - cursando medicina - teve a ajuda financeira
providencial do seu outro irmão - Licurgo Nunes - à época já formado em Direito
e exercendo as funções, por concurso público, de Promotor de Justiça da Comarca
de Caraúbas, no RN, que lhe mandava, todo fim de mês, um aporte monetário que
lhe proporcionava uma sobrevivência condigna. Gesto, aliás, que o irmão Licurgo
havia sido beneficiado - quando cursava a faculdade de Direito do Ceará - por
parte do irmão mais velho, o Israel Nunes. Era uma tradição das famílias
patriarcais, quando os irmãos mais velhos proporcionavam aos mais novos ajuda
financeira para que esses conseguissem lograr êxito nos estudos.
No terceiro ano de medicina, e já tendo, portando, cursado as
disciplinas que lhe dessem conhecimento para iniciar a clinicar, transferiu a
sua residência para a “prisão do Derby”, onde, em troca da pousada e da
alimentação, teria que atender – consultar – quando necessário, os presos
daquele estabelecimento prisional; era um programa instituído pelo governo
pernambucano, que tinha por finalidade ajudar aos estudantes pobres. Foi uma
vivência – um estágio – muito válido, e que lhe rendeu larga experiência, não
somente pelo lado clínico-médico, como pelo viés
sociológico/humanitário,proporcionando-lhe inestimáveis conhecimentos. Esse
fato ensejou-lhe escrever e publicar um dos seus inúmeros livros, que intitulou
de “Vivência Universitária em Tempo de Presídio”.
Participou, em Recife – até porque era um grande orador – de
todos os movimentos político-estudantis que se realizaram à época. E Recife
presenciava uma efervescência politica muito grande; estudantes totalmente
envolvidos em manifestações político-partidárias, com comícios concorridos e
discursos inflamados.
Concluindo o curso no dia 14 de dezembro de 1943, com 26 anos
de idade, voltou à cidade de Mossoró e em março de 1944 iniciou a sua vida
profissional na especialidade de oftalmologia.
Com uma clínica promissora e largo conceito entre os colegas
médicos, não esqueceu, contudo, o seu lado político – a exemplo dos irmãos
Israel Nunes, Deputado Estadual, e Licurgo Nunes, Prefeito de Pau dos Ferros.
Nesse ideário, trabalhou intensamente para viabilizar a indicação do Jerônimo
Dix-Sept Rosado para candidato ao Governador do Estado. Representando a região
oeste, foi o orador da histórica convenção do Partido Social Democrático - PSD
- que escolheu o ex-prefeito de Mossoró como candidato. Proferiu um grande discurso,
que ainda é lembrado e comentado pelos que presenciaram ou tomaram conhecimento
do fato. Sobre esse discurso, disse o Dr. Raimundo Nunes em seu livro “Dix-Sept
Rosado – 30 anos depois”, às págs. 40/41.
“... A propósito da invasão udenista aos escalões do poder,
na homologação da candidatura de Dix-Sept Rosado, houve uma convenção histórica
no Cinema Rex em Natal, a 10/06/50, em que eu fora designado para falar em nome
da Zona Oeste e, sem projeção de falsa modéstia, levei bastante sorte na
temática desenvolvida. Embora utilizando discurso não totalmente de improviso,
porém obviamente esquematizado, soltei uma frase de efeito que virou clichê no
restante da campanha, pela agressividade simbólica manipulada. Quando verberava
as perseguições indiscriminadas e inconsequentes de José Varela, dizia eu que
todo aquele rumo atingindo ao pânico social, "'tinha o apoio a conivência
e o aplauso do partido da eterna vigilância - a mesma UDN, que outra coisa não
fez senão se postar vigilante, frente às portas do palácio do governo, para
invadir as suas escadarias nos caminhos do erário, buscando o poder que jamais
soubera conquistar."
"... Meio à safra de discursos, a pequena galeria começa
a me aplaudir insistentemente, sufocando os argumentos de quebra de protocolo.
Não havia alternativa - mandei o recado no tom e veemência atingidos pelo clima
da campanha - a princípio, exaltando Getúlio, mesmo agredindo minhas convicções
mais íntimas, para em seguida aproveitar a embalagem do entusiasmo dominante,
solenizando o cenário com a candidatura Dix-Sept Rosado, omitida pelo caudilho
gaúcho, numa fuga de responsabilidade injustificável pelas suas elevadas
postulações nacionais."
"... Parece que atingi os objetivos da mensagem, não só
pelos aplausos que coroavam qualquer tipo de manifestação, àquela altura da
batalha ,mas sobretudo pelas manifestações dos componentes da caravana,
sobressaindo o tribuno gaúcho Batista Luzardo, que exagerava fato,
classificando como "o melhor discurso que ouvira no país inteiro no decorrer
daquela campanha - sei que era mentira do gaúcho, porém como diria Mestre
Câmara Cascudo, é um tipo de mentira gostosa”. (Raimundo Nunes, em “Dix-Sept
Rosado – 30 anos depois ",págs. 57/58)
Do célebre discurso pronunciado naquela convenção partidária,
o escritor Raimundo Nonato, ao escrever-lhe o pesaroso necrológio, recordou a
entusiasta repercussão obtida nos meios políticos:
“... Houve silêncio sufocante quando o jovem orador
dirigiu-se ao microfone e, usando da palavra vibrante, lançou duas ou três
apóstrofes atrevidas que sacudiu o imenso auditório que prorrompeu em palmas e
daí, durante mais de uma hora ele encheu aquela assembleia de entusiasmo, de
alegria e da mais incentiva vibração. O milagre da palavra do orador ganhara a
primeira batalha. Encerrada a sessão, a multidão deslocou-se com dificuldade e
estacionou no meio das ruas, espalhadas nas calçadas e em grupos na frente do
cinema. De um deles afastou-se o Des.Carlos Augusto que aproximou-se de amigos,
onde estávamos eu e Raimundo Nunes, e foi desabafando com aquele sorriso de bom
humor:
“Seu Nonato, com o discurso deste orador que vocês trouxeram
da Zona Oeste, pode-se considerar vitoriosa a campanha de Dix-Sept
Rosado."- o Mossoroense", 04/02/90.
Casou-se, em primeiras núpcias com Maria do Socorro Lira
Nunes, uma conterrânea e parenta, haja vista que era filha do casal
agropecuarista Antônio Belo de Lira e de Regina Almeida Nunes, residentes do
Sitio Monte Alegre, localizado nas cercanias da cidade de Luiz Gomes.
Do casamento resultou o nascimento de dois filhos: Raimundo
Nunes Filho e Ione Almeida Cavalcanti Nunes.
Viúvo, casou com Maria do Céu Medeiros Nunes; não houve
filhos do segundo casamento.
Com uma clientela cada vez mais expressiva - não somente de
mossoroenses, mas também de toda a região oeste - mesmo assim optou por
transferir o seu domicílio para Natal (ano de 1952) onde, em um meio científico
maior, vislumbrava ter condições de atuar de modo mais intenso, praticando uma
medicina atualizada.
Tornou-se, na Capital, um grande profissional; reconhecido e
elogiado. Era o médico do grande escritor e folclorista Câmara Cascudo. Sobre
esse fato – ser o médico do escritor famoso internacionalmente, disse Raimundo
Nunes em seu livro “Circuito de Afinidades”. À página 149:
“...nos 7 anos de exercício clínico, em Natal, algumas vezes
Câmara Cascudo me honrou com sua preferência de cliente. Na primeira
oportunidade, quase não sufoco a emoção positiva. De propósito, prolongo o
exame, dilatando o ensejo de sua verve contagiante. Como não houvesse mais justificativa
para sua retenção no equipo do exame, saio com esta tirada, que ele costuma
reproduzir, em rodas de amigos: -“
“Preciso fazer uma receita bem caprichada. Estou examinando
os olhos mais importantes do Rio Grande do Norte...”
Em outra página, a 152, do mesmo livro “Circuito de
Afinidades”, disse o escritor Raimundo Nunes:
“...em outra oportunidade, atendendo um telefonema de
Cascudo, estabelecemos o diálogo: -
“Você mudou o consultório para outro endereço?”
– “Mudei, sim, para a Rua Voluntária da Pátria, onde funciono
em prédio próprio”.
– “Diga certo onde fica e se pode esperar-me para uma
consulta”.
– “Não posso esperar, de forma nenhuma...!”.
– “Por quê? Tem urgência em sair?”.
- “Sim, não posso esperar e vou sair, imediatamente... mas
para ir buscá-lo”.
E fui apanhá-lo de carro, num bar do grande-ponto, de onde
telefonara. Cliente desta estatura mental não vem ao consultório... e sim o
médico se locomove para transportá-lo, recolhendo no fichário profissional, o
registro de uma consulta que se destaca no arquivo permanente das recordações
gratas”.
Amealhou o suficiente para ter – e proporcionar à mulher e
filhos – uma excelente condição de vida.
Empreendeu! Construiu uma casa muito boa (Rua Açu, 666 – no
bairro do Tirol, em Natal), assim como construiu um edifício com três andares
(esquina das ruas Heitor Carrilho com Voluntários da Pátria, Cidade Alta,
também em Natal) – onde, em um pavimento inteiro montou o seu novo consultório,
dotando os demais de salas para alugar a profissionais liberais (médicos,
dentistas e advogados). Batizou a edificação com o nome de “Edifício Santa
Luzia”, numa homenagem à Santa – que tanto era Padroeira de Mossoró, cidade à
qual dedicava imensa gratidão – como Padroeira dos oftalmologistas.
Todo ano trocava o automóvel por um modelo novo; o último – e
antes de se mudar para São Paulo - foi um “Austin”, preto, ano 1958, fabricado
pela “The Austin Motor Company Limited”, importado da Inglaterra.
Com a ideia permanente de sempre evoluir na sua
especialização médica, concorreu e foi aprovado – no ano de 1958 - em um curso
de pós-graduação em oftalmologia no Centro de Cirurgia Ocular, na Universidade
de Buenos Ayres, na Argentina, à época considerado centro de excelência na
referida especialidade.
Pós-graduado e com o firme propósito de voltar a Natal,
retomar as suas atividades médicas na sua clínica e assumir a cadeira de
Professor titular da disciplina de oftalmologia da incipiente faculdade de
medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – convidado que fora
para tal – recebeu um convite, irrecusável, diga-se, para lecionar na USP
(Universidade de São Paulo), com atuação também no famoso e tradicional
Hospital das Clínicas da Capital paulista.
Convite aceito deixa Natal e segue, com a família, para fixar
residência em São Paulo – ano de 1959.
Na capital paulista tratou logo de comprar uma casa para
morar – Rua Euclides de Andrade, 51, no bairro de Sumarezinho - e montou um
consultório no bairro da Penha.
Aprovado em concurso foi nomeado médico oftalmologista do
INPS.
Passou, então, o Dr. Raimundo Nunes a exercer a medicina em
sua plenitude; lecionando na Universidade, operando no Hospital das Clínicas e
atendendo no consultório particular e no ambulatório do Instituto Nacional de
Previdência Nacional.
Era titular, por concurso, do Conselho Nacional de
Oftalmologia, sócio da Associação Médica Brasileira, da Associação Médica
Paulista e membro da Sociedade de Escritores Médicos do Brasil, Sócio efetivo
do Instituto Histórico e Geográfico do RN, e imortal da Academia Mossoroense de
Letras.
Aliado a essas atividades médico-científicas, passou a
escrever livros; e o fez em profusão, haja vista ter publicado mais de uma
dezena, a saber: “Cegueira Noturna do Operário de Salina”; “Recordando uma
Geração”; “Posta Restante”; “Dix-Sept Rosado 30 anos depois”; “Circuito de
Afinidades”; “Vivência Universitária em Tempo de Presídio”; “Perfis e Debates”;
“Tércio Rosado, Professor e Semeador de Ideias”; “Sociologia do Grande Ponto”;
“Pedro Nava – Memória”; “Esparsos & Avulsos”; “Memória da Oftalmologia
Nacional”.
Emérito conversador – proseador dos melhores - tinha uma
memória fantástica; detalhava com facilidade citando nomes e datas de fatos e
histórias por ele vivenciadas no Rio Grande do Norte e alhures.
Epistolar convicto e de uma redação/texto excelentes, fazia
do contato, da comunicação, por cartas – com inúmeros amigos - uma maneira de
compensar o isolamento a que se submetera na metrópole - na “Paulicéia
desvairada” - como ele bem definia a cidade de São Paulo. Mantinha
correspondência firme, assídua e fiel – com algumas dezenas de pessoas/amigos.
O seu livro “Posta Restante” é, justamente, uma coletânea das cartas trocadas
entre ele e o também escritor Raimundo Nonato da Silva, norte-riograndense,
nascido na cidade de Martins e radicado na cidade do Rio de Janeiro, quando
comentavam e emitiam opiniões diversas, desde política estadual, nacional e
internacional, passando por religião, economia, sociologia, genealogia e
esporte.
Trabalhava intensamente o ano todo com o pensamento voltado
para o mês de janeiro quando viajava ao Nordeste a fim de usufruir de férias
merecidas. Passava alguns dias em Natal – quando tinha a oportunidade de rever
os amigos e revisitar o “Grande Ponto” (localizado no centro de Natal –
confluência das ruas João Pessoa com a Av. Rio Branco – o “Grande Ponto”
abrigava uma reunião informal, um encontro despretensioso de intelectuais,
escritores, poetas, magistrados, profissionais liberais e políticos que se reuniam
em um bate-papo descontraído, onde discutiam todos os tipos de assuntos; e o
Dr. Raimundo, quando ainda residia em Natal, era um frequentador assíduo,
habitué.
Os dias restantes das férias passava na Fazenda Galeão,
propriedade rural do seu irmão, compadre e amigo o Desembargador Licurgo Nunes,
localizada no município de Marcelino Vieira, numa volta ao passado, ao meio
rural, bucólico, igual à “Catingueira” – lá no “Poço de Pedra”, no Riacho de
Santana - lugar em que ele havia nascido. Era recebido pelo irmão com a maior
deferência, a maior satisfação. Passavam horas a fio – madrugada adentro –
conversando, proseando em redes armadas no alpendre da fazenda.
Glutão assumido e reconhecido, fartava-se das guloseimas da
culinária regional – nordestina - preparadas por Maria Vieira – gourmet das
melhores – e esposa do João Silvestre, Gerente da citada propriedade rural. Não
dispensava – e essas iguarias tinham que constar do menu: “qualhada” adoçada
com raspa de rapadura, cuscuz com leite, curimatã fresquinha pescada no açude
da fazenda, cozinhada com nata de leite e temperada com coentro, costela de
porco assada, “espinhaço” de carneiro e galinha caipira torrada.
Ao adquirir a merecida aposentadoria, passou a dividir o seu
tempo entre as cidades de São Paulo, Brasília e Natal, quando, em cada uma
delas, passava quatro meses. Na praia de Pirangí do Norte, situada no litoral
sul da capital norte-riograndense e onde possuía uma casa de veraneio,
costumava passar os meses que destinava ao nordeste. Considerava essa praia um
verdadeiro paraíso e era onde recebia os amigos que por lá aportavam em busca
de uma conversa, uma prosa amena e inteligente.
Faleceu e foi sepultado em Natal do dia 20 de janeiro de
1990.
Este relato, despretensioso, da história/biografia do Dr.
Raimundo Nonato Cavalcante Nunes, tem por objetivo levar ao conhecimento dos
parentes mais novos, bem como deixar registrado para a história a vida e a obra
literária desse grande e ilustre tio, “Catingueira” da gema, nascido e criado
lá no “Poço de Pedra”, hoje município de Riacho de Santana, que muito honrou a
nossa família Ferreira Nunes.
FONTE – CULTURA PAUFERRENSE
RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES
RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES, PRIMEIRO OCUPANTE DA CADEIRA DE Nº 28, DA ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS, QUWE TEM COMO PATRONO – PAULO FE...

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RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES , o oitavo filho - caçula - de uma descendência de 08 filhos do casal comerciante e agropecuarista Major...
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RAIMUNDO NONATO CAVALCANTE NUNES, PRIMEIRO OCUPANTE DA CADEIRA DE Nº 28, DA ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS, QUWE TEM COMO PATRONO – PAULO FE...